CRUZ TEMPLÁRIA

domingo, 28 de agosto de 2011

REUNIÃO TEMPLÁRIA NA PRECEPTORIA DE BELO HORIZONTE - MG EM 12 e 27.08.2011

OS CAVALEIROS QUE FORAM INVESTIDOS E CONSAGRADOS:

Márcio José Janeiro, Jeremias Alberto Vasconcelos, Eduardo Clareth Pacheco Pascoal, Silvio Mauro Spínola da Silva, Ildeu Ferreira, Claudio Francisco da Purificação Marra, Kleber Willian Antunes da Silva, Rodrigo Gomes Luz, Nilton Pereira dos Santos, Rayne Dias do Nascimento, Romério Ronaldo Ferreira, Diego Silva Ferreira, José Augusto Moreira Pimentel. Renato Amorim Patrício da Silva, Hirohito Torres Lage, Marcos Sales Diniz, Fabiano de Avelar Diniz e Antônio Marcos Rodrigues Franco.











sábado, 20 de agosto de 2011

CAVALEIROS TEMPLÁRIOS - HISTÓRIA

CAVALEIROS TEMPLÁRIOS - HISTÓRIA
A Ordem dos Pobres Cavaleiros de Cristo e do Templo de Salomão (em latim"Ordo Pauperum Commilitonum Christi Templique Salominici"), mais conhecida como Ordem dos Templários, Ordem do Templo (em francês "Ordre du Temple" ou "Les Templiers") ou Cavaleiros Templários (algumas vezes chamados de: Cavaleiros de Cristo, Cavaleiros do Templo, Pobres Cavaleiros, etc), foi uma das mais famosas Ordens Militares de Cavalaria. A organização existiu por cerca de dois séculos na Idade Média, fundada no rescaldo da Primeira Cruzada de 1096, com o propósito original de proteger os cristãos que voltaram a fazer a peregrinação a Jerusalém após a sua conquista.
Os seus membros fizeram voto de pobreza e castidade para se tornarem monges. Usavam seus característicos mantos brancos com a cruz vermelha, e seu símbolo passou a ser um cavalo montado por dois cavaleiros. Em decorrência do local de sua sede (a mesquita Al-Aqsa no cume do monte onde existira o Templo de Salomão em Jerusalém) e do voto de pobreza e da fé em Cristo surgiu o nome "Pobres Cavaleiros de Cristo e do Templo de Salomão".
O sucesso dos Templários esteve vinculado ao das Cruzadas. Quando a Terra Santa foi perdida, o apoio à Ordem reduziu-se. Rumores acerca da cerimónia de iniciação secreta dos Templários criaram desconfianças, e o rei Filipe IV de França profundamente endividado com a Ordem, começou a pressionar o Papa Clemente V a tomar medidas contra eles. Em 1307muitos dos membros da Ordem em França foram detidos e queimados em estacas. Em 1312, o Papa Clemente dissolveu a Ordem. O súbito desaparecimento da maior parte da infra-estrutura europeia da Ordem deu origem a especulações e lendas, que mantêm o nome dos Templários vivo até os dias atuais.



PatronoSão Bernardo de Claraval
LemaNão para si, mas para Deus
Pauperes commilitones Christi Templique Solomonici
AttireManto branco com uma cruz vermelha
História
Guerras/batalhasAs Cruzadas, incluindo:
Cerco de Ascalon (1153),
Batalha de Montgisard (1177),
Batalha de Hattin (1187),
Cerco de Acre (1190-1191),
Batalha de Arsuf (1191),
Cerco de Acre (1291)
Reconquista
Logística
Efetivo15.000–20.000 membros em seu ápice, 10% dos quais eram cavaleiros
Comando
Primeiro Grão-MestreHugo de Payens
Último Grão-MestreJacques de Molay
OS NOVE FUNDADORES
1.    Hugo de Payens (ou Payns)
3.    Godofredo de Bisol ( ou Roral ou Rossal, ou Roland ou Rossel);
4.    Payen de Montdidier ( ou Nirval de Montdidier);
5.    André de Montbard (tio de S. Bernardo);
6.    Arcimbaldo de Saint-Amand, ou Archambaud de Saint-Aignan;
7.    Hugo Rigaud
8.    Gondemaro, (ou Gondomar);
9.    Arnaldo ou Arnoldo


Templar Cross

CRUZ TEMPLÁRIA

Lista de GRÃO-MESTRES

1.
1118-1136
2.
Armoiries Robert de Craon.svg
1136-1147
3.
Armoiries Evrard des Barres.svg
1147-1149
4.
Armoiries Bernard de Tramelay.svg
1149-1153
5.
Armoiries André de Montbard.svg
1153-1156
6.
Armoiries Bertrand de Blanquefort.svg
1156-1169
7.
Armoiries Philippe de Milly.svg
1169-1171
8.
Armoiries Eudes de Saint-Amand.svg
1171-1179
9.
Armoiries Arnaud de Toroge.svg
1181-1184
10.
Armoiries Gérard de Ridefort.svg
1185-1189
11.
Armoiries Robert de Sablé.svg
1191-1193
12.
Armoiries Gilbert Hérail.svg
1193-1200
13.
Armoiries Philippe du Plaissis.svg
1201-1208
14.
Armoiries Guillaume de Chartres.svg
1209-1219
15.
Armoiries Pierre de Montaigu.svg
1218-1232
16.
Armoiries Armand de Périgord.svg
1232-1244
17.
Richard de Bures (Contestado)
1244/5-1247 [1]
18.
Armoiries Guillaume de Saunhac.svg
1247-1250
19.
Armoiries Renaud de Vichiers.svg
1250-1256
20.
Armoiries Thomas Bérard.svg
1256-1273
21.
Armoiries Guillaume de Beaujeu.svg
1273-1291
22.
Armoiries Thibaud Gaudin.svg
1291-1292
23.
Armoiries Jacques de Molay.svg
1292-1314
1.              Armand de Périgord foi morto ou capturado na Batalha de La Forbie; autoridades diferentes. Richard de Bures comandou os templários até a eleição de Guillame de Sonnac; se ele seria o Grão-Mestre contestado. 
Ficheiro:Templarsign.jpg
Insígnia da Ordem dos Templários[
 A Ordem foi fundada por Hugo de Payens em 1118, com o apoio de mais 8 cavaleiros e do novo rei de Jerusalém de nome Balduíno II, após a Primeira Cruzada, com a finalidade de proteger os peregrinos que tentassem chegar em Jerusalém, porém eram vítimas de ladrões, e a Terra Santa dos ataques dos muçulmanos mantendo os reinos cristãos que as Cruzadas haviam fundado no Oriente.
Oficialmente aprovada pela Igreja Católica por meio do papa Honório II em torno de1128, a ordem ganhou isenções e privilégios, dentre os quais o de que seu líder teria o direito de se comunicar diretamente com o papa. A Ordem tornou-se uma das favoritas da caridade em toda a cristandade, e cresceu rapidamente tanto em membros quanto em poder; seus membros estavam entre as mais qualificadas unidades de combate nas Cruzadas e os membros não-combatentes da Ordem geriam uma vasta infra-estrutura econômica, inovando em técnicas financeiras que constituíam o embrião de um sistema bancário, e erguendo muitas fortificações por toda a Europa e a Terra Santa.
A regra dessa ordem religiosa de monges guerreiros (militar) foi escrita por São Bernardo. A sua divisa foi extraída do livro dos Salmos: "Non nobis Domine, non nobis, sed nomine Tuo da gloriam" (Sl. 113,9 - Vulgata Latina) que significa "Não a nós, Senhor, não a nós, mas ao Vosso nome dai a glória".
O seu crescimento vertiginoso, ao mesmo tempo que ganhava grande prestígio na Europa, deveu-se ao grande fervor religioso e à sua incrível força militar. Os Papas guardaram a ordem acolhendo-a sob sua imediata proteção, excluindo qualquer intervenção de qualquer outra jurisdição fosse ela secular ou episcopal. Não foram menos importantes também os benefícios temporais que tal Ordem recebeu dos soberanos da Europa.
A primeira sede dos Cavaleiros Templários, a Mesquita de Al-Aqsa, em Jerusalém, o Monte do Templo. Os Cruzados chamaram-lhe de o Templo de Salomão, como ele foi construído em cima das ruínas do Templo original, e foi a partir desse local que os cavaleiros tomaram seu nome de Templários.

A primeira sede dos Cavaleiros Templários, a Mesquita de Al-Aqsa, em Jerusalém, o Monte do Templo. Os Cruzados chamaram-lhe de o Templo de Salomão, como ele foi construído em cima das ruínas do Templo original, e foi a partir desse local que os cavaleiros tomaram seu nome de Templários.
As Cruzadas foram guerras proclamadas pelo papa, em nome de Deus, e travadas como se fossem uma iniciativa do próprio Cristo para a recuperação da propriedade cristã ou em defesa da Cristandade. A Primeira Cruzada foi pregada pelo papa Urbano II, no Concílio de Clermont, em 1095. A sua justificativa tinha como fundamento a recuperação da herança de Cristo, restabelecer o domínio da Terra Santa e a proteção dos cristãos contra o avanço dos veneradores do Islã. Esta dupla causa foi comum a todas as outras expedições contra as terras pertencentes aos reinos de Alá e, desde o princípio, deram-lhes o carácter de peregrinações.
"Um Cavaleiro Templário é verdadeiramente, um cavaleiro destemido e seguro de todos os lados, para sua alma, é protegida pela armadura da fé, assim como seu corpo está protegido pela armadura de aço. Ele é, portanto, duplamente armado e sem ter a necessidade de medos de demônios e nem de homens."
Bernard de Clairvaux, c. 1135, De Laude Novae Militae—In Praise of the New Knighthood[12]
As cruzadas tomaram Antioquia, (1098) Jerusalém, (1099) e estabeleceram o principado de Antioquia, o condado de Edessa e Trípoli, e o Reino Latino de Jerusalém, os quais sobreviveram até 1291. A esta seguiram-se a Segunda Cruzada, (1145-48) e a Terceira, (1188-92) no decorrer da qual Chipre caiu sob domínio latino, sendo governado por europeus ocidentais até 1571. A Quarta Cruzada (1202- 04) desviou-se do seu curso, atacou e saqueou Constantinopla (Bizâncio), estabelecendo domínio latino na Grécia. A Quinta Cruzada (1217- 21) foi a primeira do rei Luís IX da França. Contudo, houve também um grande número de empreendimentos menores (1254 -91), e foram estes que se converteram na forma mais popular de cruzada
O poder da Ordem tornou-se tão grande que, em 1139, o papa Inocêncio II emitiu um documento declarando que os templários não deviam obediência a nenhum poder secular ou eclesiástico, apenas ao próprio papa.
Um contemporâneo (Jacques de Vitry) descreve os Templários como "leões de guerra e cordeiros no lar; rudes cavaleiros no campo de batalha, monges piedosos na capela; temidos pelos inimigos de Cristo, a suavidade para com Seus amigos".
Levando uma forma de vida austera, não tinham medo de morrer para defender os cristãos que iam em peregrinação a Terra Santa. Como exército nunca foram muito numerosos: aproximadamente não passavam de 400 cavaleiros em Jerusalém no auge da Ordem. Mesmo assim, foram conhecidos como o terror dos maometanos. Quando presos rechaçavam com desprezo a liberdade oferecida em troco da apostasia, permanecendo fiéis à fé cristã.

CRESCIMENTO DA ORDEM E A PERDA DE SUA MISSÃO

Com o passar do tempo a ordem ficou riquíssima e muito poderosa: receberam várias doações de terras na Europa, ganharam enorme poder político, militar e econômico, o que acabou permitindo estabelecer uma rede de grande influência no continente.
Também começaram a ser admitidas na ordem, devido à necessidade de contingente, pessoas que não atendiam aos critérios que eram levados em conta no início. Logo, o fervor cristão, a vida austera e a vontade de defender os cristãos da morte deixaram de ser as motivações principais dos cavaleiros templários.

 

A RIQUEZA DA ORDEM ATRAI O ESTADO E A IGREJA CATÓLICA


                                             Templários condenados à fogueira pela Santa Inquisição.
Filipe IV de França pensou em apropriar-se dos bens dos Templários, e por isso havia posto em andamento uma estratégia de descrédito, acusando-os de heresia.
A ordem de prisão foi redigida em 14 de Setembro de 1307 no dia da exaltação da Santa Cruz, e no dia 13 de Outubro de 1307 (uma sexta-feira) o rei obrigou o comparecimento de todos os templários da França. Os templários foram encarcerados em masmorras e submetidos a torturas para se declararem culpados de heresia, no pergaminho redigido após a investigação dos interrogatórios, no Castelo de Chinon, no qual Filipe IV de França (Felipe, o Belo), influenciado por Guilherme de Nogaret havia prendido ilicitamente o último grão-mestre do Templo e alguns altos dignitários da Ordem.


O Pergaminho de Chinon atesta que o Papa Clemente V absolveu os templários das acusações de heresia, evidenciando, assim, que a queda histórica da Ordem deu-se por causa da perda de sua missão e de razões de oportunismo político.
Da perda de sua missão, o que caracterizou não mais uma vida austera como no início da ordem, se aproveitou Filipe, o Belo, para se apoderar dos bens da Ordem, acusando-a de ter se corrompido. Ele encarcerou os Superiores dos Templários, e, depois de um processo iníquo, os fez queimar vivos, pois obtivera deles confissões sob tortura, que eram consideradas nulas pelas leis da Igreja e da Inquisição, bem como pelos Concílio de Vienne (França) em 1311 e Concílio regional de Narbona (França) em 1243.

DA SENTENÇA DO PAPA CLEMENTE V AOS NOSSOS DIAS


                                                                Filipe IV da França.
O chamado "Pergaminho de Chinon" ao declarar que Clemente V absolveu a Ordem das acusações de heresia, e que deu a absolvição ao último grão-mestre, Jacques de Molay, e aos demais cavaleiros, suscitou a reação da monarquia francesa, de tal forma que obrigou o papa Clemente V a uma discussão ambígua, sancionada em 1312, durante o Concílio de Vienne, pela bula Vox in excelso, a qual declarava que o processo não havia comprovado a acusação de heresia.
Após a descoberta nos Arquivos do Vaticano, da acta de Chinon, assinada por quatro cardeais, declarando a inocência dos Templários, sete séculos após o processo, o mesmo foi recordado em uma cerimónia realizada no Vaticano, a 25 de outubro de 2007, na Sala Vecchia do Sínodo, na presença de Monsenhor Raffaele Farina, arquivista bibliotecário da Santa Igreja Romana, de Monsenhor Sergio Pagano, prefeito do Arquivo Secreto do Vaticano, de Marco Maiorino, oficial do Arquivo, de Franco Cardini, medievalista, de Valerio Manfred, arqueólogo e escritor, e da escritora Barbara Frale, descobridora do pergaminho e autora do livro "Os templários".
O Grão Priorado de Portugal esteve representado por Alberto da Silva Lopes, Preceptor das Comendadorias e Grão Cruz da Ordem Suprema e Militar dos Pobres Cavaleiros de Cristo e do Templo de Salomão.[carece de fontes]

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A destruição da Ordem do Templo propiciou ao rei francês não apenas os tesouros imensos da Ordem (que estabelecera o início do sistema bancário), mas também a eliminação do exército da Igreja, o que o tornava senhor rei absoluto, na França.
Nos demais países a riqueza da ordem ficou com a Igreja Católica.
Na sua ira, De Molay teria desafiado o rei e o Papa a encontrá-lo novamente diante do julgamento de Deus antes que aquele ano terminasse - apesar de este desafio não constar em relatos modernos da sua execução. Filipe o Belo e Clemente V morreram ainda no ano de 1314. Esta série de eventos formam a base de "Les Rois Maudits" ("Os Reis Malditos"), uma série de livros históricos de Maurice Druon. Ironicamente, Luís XVI de França (executado em 1793) era um descendente de Felipe O Belo e de sua neta, Joana II de Navarra.
Afirma-se ainda que, quando a cabeça do rei caiu na cesta da guilhotina, um homem não identificado se aproximou, mergulhou a mão no sangue do monarca, sacudindo-a no ar e gritou: "Jacques de Molay, fostes vingado!"[carece de fontes]

A Ordem do Templo e a historiografia

O fato de nunca ter havido uma oportunidade de acesso aos documentos originais dos julgamentos contra os templários motivou o surgimento de muitos livros e filmes, com grande repercussão pública, porém, sem nenhum fundamento histórico. Por este mesmo motivo, muitas sociedades secretas, como a Maçonaria, se proclamam "herdeiras" dos templários.
A obra "Processos contra templários", publicada pela Biblioteca Vaticana, restaura a verdade histórica sobre Os Cavaleiros da Ordem do Templo, conhecidos como templários, cuja existência e posterior desaparecimento foram motivo de numerosas especulações e lendas.
Os Pergaminho de Chinon são relativos ao processo contra os templários, realizados sob o pontificado do Papa Clemente V, cujos originais são conservados no Arquivo Secreto do Vaticano. O principal valor da publicação reside na perfeita reprodução dos documentos originais do citado processo e nos textos críticos que acompanham o volume; explicam como e por que o pontífice Clemente V absolveu os Templários da acusação de heresia e suspendeu a Ordem sem dissolvê-la, reintegrando os altos dignitários Templários e a própria Ordem na comunhão da Igreja.

[editar]Lendas e relíquias

 


A destruição do arquivo central dos Templários (que estava na Ilha de Chipre) em 1571 pelos otomanos[carece de fontes] tornou-se o principal motivo da pequena quantidade de informações disponíveis e da quantidade enorme de lendas e versões sobre sua história.
Os Templários tornaram-se, assim, associados a lendas sobre segredos e mistérios, e mais rumores foram adicionados nos romances de ficção populares, como Ivanhoe, O Pêndulo de Foucault, e O Código Da Vinci, filmes modernos, tais como "A Lenda do Tesouro Perdido" e "Indiana Jones e a Última Cruzada", “Arn – O Cavaleiro Templário” bem como jogos de vídeo, como Broken Sword e Assassin's Creed.

                                   O Domo da Rocha, uma das estruturas do Monte do Templo.
Uma das versões faz ligação entre os Templários e uma das mais influentes e famosas sociedades secretas, a Maçonaria.
Historiadores acreditam na separação dos Templários quando a perseguição na França foi declarada. Um dos lugares prováveis para refúgio teria sido a Escócia, onde apenas dois Templários haviam sido presos e ambos eram ingleses. Embora os cavaleiros estivessem em território seguro, sempre havia o medo de serem descobertos e considerados novamente como traidores. Por isso teriam se valido de seus conhecimentos da arquitetura sagrada e assumiram um novo disfarce para fazerem parte da maçonaria (texto do livro Sociedades Secretas - Templários, editora Universo dos Livros).
Muitas das lendas dos Templários estão relacionadas com a ocupação precoce pela Ordem do Monte do Templo em Jerusalém e da especulação sobre as relíquias que os templários podem ter encontrado lá, como o Santo Graal ou a Arca da Aliança. No entanto, nos extensos documentos da inquisição dos Templários nunca houve uma única menção de qualquer coisa como uma relíquia do Graal, e muito menos a sua posse, por parte dos Templários. Na realidade, a maioria dos estudiosos concorda que a história do Graal era apenas isso, uma ficção que começou a circular na época medieval.
O tema das relíquias também surgiu durante a Inquisição dos Templários, pois documentos diversos dos julgamento referem-se à adoração de um ídolo de algum tipo, referido em alguns casos, um gato, uma cabeça barbada, ou, em alguns casos, a Baphomet. Essa acusação de idolatria contra os templários também levou à crença moderna por alguns de que os templários praticavam bruxaria.
Além de possuir riquezas (ainda hoje procuradas) e uma enorme quantidade de terras na Europa, a Ordem dos Templários possuía uma grande esquadra. Os cavaleiros, além de temidos guerreiros em terra, eram também exímios navegadores e utilizavam sua frota para deslocamentos e negócios com várias nações. Devido ao grande número de membros da Ordem, apenas uma parte dos cavaleiros foram aprisionados (a maioria franceses). Os cavaleiros de outras nacionalidades não foram aprisionados e isso possibilitou-lhes refugiarem-se em outros países. Segundo alguns historiadores, alguns cavaleiros foram para Escócia, Suíça, Portugal e até mais distante, usando seus navios. Muitos deles mudaram seus nomes e se instalaram em países diferentes, para evitar uma perseguição do rei e da Igreja.
O desaparecimento da esquadra é outro grande mistério. No dia seguinte ao aprisionamento do cavaleiros franceses, toda a esquadra zarpou durante a noite, desaparecendo sem deixar registros. Por essa mesma data, o Rei Português D. Dinis nomeava o primeiro almirante Português de que há memória, apesar de Portugal não ter armada; por outro lado, D. Dinis evitava entregar os bens dos Templários à Igreja e consegue criar uma nova Ordem de Cristo com base na Ordem Templária, adotando para símbolo uma adaptação da cruz orbicular Templária, levantando a dúvida de que planeava apoderar-se da armada Templária para si.
Um dado interessante relativo aos cavaleiros que teriam se dirigido para a Suíça, é que antes desta época não há registros de existência do famoso sistema bancário daquele país, até hoje utilizado e também discutido. Como é sabido, no auge de sua formação, os cavaleiros da Ordem desenvolveram um sistema de empréstimos, linhas de crédito, depósitos de riquezas que na sua época já se assemelhava bastante aos bancos de hoje. É possível que foram os cavaleiros que se refugiaram na Suíça que implantaram o sistema bancário no lugar e que até hoje é a principal atividade do país.

Ficheiro:Forteresses templières.svg
                                 Mapa dos Reinos e fortificações templárias na Terra Santa.

Planta do Santuário da Rocha (onde outrora se encontrava o Templo de Salomão), com algumas de suas linhas de construção que podem ter servido de inspiração para os templos da Ordem.

História - Antiga e medieval – VOLTAIRE SCHILLING

ANTIGA E MEDIEVAL
OS CAVALEIROS TEMPLÁRIOS, A MILÍCIA DE CRISTO
"Pobres Cavaleiros de Cristo e do Templo de Salomão", assim denominaram-se originalmente os Templários, Ordem Militar fundada no ano de 1119, em Jerusalém, para proteger os peregrinos e os lugares sagrados da Terra Santa. Os bravos guerreiros tiveram sua base afincada bem no coração do inimigo islâmico, visto que o seu quartel-general, uma concessão do rei Balduíno II, situava-se num prédio ao lado da Mesquita de Al-aqsa, ocupando uma parte superior do que restara do Templo de Salomão.
Compondo uma síntese entre a sincera fé dos monges e o destemor dos soldados de elite, consagraram-se como a mais poderosa e valente organização militar da época das Cruzadas: a tropa de choque de Deus. Prestigio que lhes rendeu, depois de se transferirem para a Europa, em 1291, serem os depositários fiéis dos bens dos cristãos ricos. Justamente por isso, pela cobiça que despertaram, é que pereceram nas mãos do rei da França em 1307.
O DESASTRE DOS TEMPLÁRIOS
O cavaleiro templário
"NEKAN, ADONAI !!! CHOL-BEGOAL!!! PAPA CLEMENTE... CAVALEIRO GUILHERME DE NOGARET... REI FILIPE: INTIMO-OS A COMPARECER PERANTE AO TRIBUNAL DE DEUS DENTRO DE UM ANO PARA RECEBEREM O JUSTO CASTIGO. MALDITOS! MALDITOS! TODOS MALDITOS ATÉ A DÉCIMA TERCEIRA GERAÇÃO DE VOSSAS RAÇAS!!!"
Foram essas as derradeiras palavras que Jacques de Monay, o 22º e último Grão-Mestre da Ordem dos Templários, proferiu antes das chamas lhe levarem a vida. Acesa a fogueira no pelourinho nos fundos da catedral de Notre-Dame em Paris, ele ali expiou ao anoitecer do dia 18 de março de 1314, imprecando contra o Papa, o Guarda-selos do rei, e o próprio soberano da França. E tinha toda a razão em lançar o anátema contra os três. Sete anos antes, um sórdido conluio entre o rei Filipe IV, o belo, e o Papa Clemente V, tendo o fiel Nogaret como executor, selara-lhe o destino.
Até então a ordem dos monges guerreiros de manto branco e cruz vermelha fora um colosso militar e financeiro. Na noite do dia 12 para 13 de outubro de 1307, as suas instalações, por todas as partes do reino, viram-se invadidas pelos oficiais de Filipe IV. Inclusive seus edifícios em Paris, denominados Ville Neuve du Temple.
Para suprema infâmia dos cavaleiros aprisionados, seus últimos dirigentes, além de terem perdido tudo, foram arrastados aos tribunais reais denunciados por Nogaret, o jurista do rei, pelas práticas de heresia e de pederastia.
Num processo forjado, nos quais os procedimentos inquisitoriais foram aplicados com a máxima crueldade possível, acusaram-nos de serem adoradores pagãos do diabólico Baphomet, de cuspirem na cruz, de negarem os sacramentos e de se entregarem a licenças sexuais uns com os outros. Arrancaram-lhes as confissões por meio de terríveis torturas e outros tormentos, quando, em meio aos urros de dor, com as carnes dilaceradas e queimadas pelo largo uso que os inquisidores fizeram do strappado e do braseiro, concordaram em dizer aos seus supliciadores o que eles queriam ouvir.
Filipe, o belo, atiçado pelas intrigas de um traidor, um ex-cavaleiro chamado Esquiseu de Floyran, o Judas dos Templários, não se conformara em desmantelar-lhes as instalações e confiscar-lhes os valores, quis também desonrá-los para sempre. Por isso, acusou-os de sodomitas. Denúncia estendida a De Monay e a outros 140 cavaleiros postos a ferros (54 deles expiram pelo fogo).
                                                   O DECLÍNIO DAS CRUZADAS
O Templo de Paris
Até poucos anos antes da catástrofe, a Ordem dos Templários era a mais prestigiada das três milícias de Cristo formadas ao tempo em que Jerusalém ainda se encontrava sob o controle direto dos príncipes cristãos. Depois da expulsão deles da Terra Santa, por ocasião da queda de São João d´Acre frente os muçulmanos, em 1291, os Cavaleiros Hospitalários confinaram-se na ilha de Chipre, e, mais tarde, na Ilha de Malta, enquanto que os Cavaleiros Teutônicos, de volta à Alemanha, mobilizaram-se na conquista das terras de poloneses pagãos.Os Templários, todavia, viram-se geograficamente mais favorecidos, pois se hospedaram em Paris, quase no coração da Europa de então.
As sedes deles, mais numerosas na França (um total de 704 conventos e prelazias), espalhavam-se pela Inglaterra, Alemanha, Itália, Espanha e Portugal. As suas propriedades totais somavam há mais de nove mil tipos diferentes. Devendo obediência apenas ao papa, sempre ausente ou distante, na prática usufruíam a mais completa autonomia em relação aos reinos, bispados e baronatos que os acolhiam. Um monge templário somente obedecia ao seu superior hierárquico: o grão-mestre ou o dom prior
                OS BANQUEIROS DE CRISTO
Graças ao empenho deles na causa defesa da Cristandade, ao heroísmo e coragem demonstrada em inúmeras batalhas travadas contra o Islã, e devido a absoluta correção como se conduziam, os prédios que aquartelavam os monges - desde que a Ordem fora fundada em Jerusalém, em 12 de junho de 1119, por Hugo Payens e por seu companheiro Godofredo de Saint-Omer - tornaram-se locais seguríssimos.
A pureza e a espada, conjugadas, eram as apreciadas garantias dadas pelos Templários aos donos dos dobrões que acolhiam em depósito. Numa era de incertezas extremas, de pilhagens e incêndios constantes motivados pelas guerras feudais intermitentes, qualquer recinto protegido pela cruz da Ordem aparecia como se fora um oásis. Um cofre-forte inexpugnável protegido pelo Senhor.
Era tal a confiança que despertavam que não tardou para que sus instalações se transformassem em estabelecimentos bancários, ainda que informais, fazendo deles, entre os séculos XII e XIII, os principais fornecedores de crédito a quem os poderosos da época recorriam (consta que na Espanha até os chefes mouros obtinham empréstimos junto a eles). 

Não há nenhum exagero em afirmar-se que a Ordem dos Templários tornou-se, bem antes dos Médicis e dos Fuggers, o primeiro banco europeu. Assim foi que se gerou a lenda da fortuna fabulosa, mais jamais comprovada, do Tesouro dos Templários.

Aumentando e solidificando ainda mais a estranheza com que eles eram vistos pela gente comum, um espesso véu de segredo parecia cobrir tudo o que dissesse respeito ao Templo e a sua gente. De fato, as cerimônias de admissão e iniciação dos monges recendiam às práticas esotéricas secretas, fato perfeitamente compreensível numa instituição militar fundada em território inimigo, como foram os primeiros anos dos Templários na época do Reino Latino de Jerusalém. Nada se sabia ou se ouvia do que ocorria no seu intramuros, pois os cavaleiros estavam presos aos perpétuos votos de segredo.
Todavia, a continuação daqueles ritos sigilosos preservados em meio aos reinos cristãos somente fez crescer a desconfiança geral contra os monges soldados. O que fez por tornar ainda mais plausível junto à opinião da época as incríveis assacações que lhes foram feitas pelos esbirros de Filipe IV. Ainda que na Itália Dante Alighieri tenha suspeitado delas, o engenhoso alquimista maiorquino Raimundo Lullio, o "Doctor Inspiratus", creditou-as como verdadeiras.


O DECLÍNIO DO ÍMPETO CRUZADO
Mouros contra cristãos
A derrota dos cristãos frente a Saladino na batalha de Hattin, em 1187 (no final dela 200 templários foram executados), a perda definitiva de Jerusalém, em 1244, com a conseqüente expulsão do restante dos ocidentais da Palestina menos de 50 anos depois, abateu o ânimo das empresas cruzadas. Espírito este que já fora profundamente abalado quando a Quarta Cruzada, ocorrida em 1204, desviando-se totalmente dos seus objetivos, terminara por assaltar e pilhar Constantinopla, a capital da cristandade oriental. Algo que começara em 1095 como um forte e sincero apelo à fé, a retomada dos Lugares Santos das mãos dos infiéis, um tanto mais de século depois desandara numa empreitada militar de traição e vilania cometida por cavaleiros ocidentais contra os próprios cristãos.(*)
(*) O assalto dos latinos à grande cidade grego-cristã-ortodoxa selaria para sempre o Cisma da Cristandade, pois nunca mais as Igrejas de Roma e a Grega de Constantinopla fizeram as pazes.
A própria reciclagem da função da Ordem, de trincheira avançada dos cruzados para banco de empréstimos, foi significativa do desencanto crescente da nobreza e do povo em seguir a bandeira da cruz contra o Crescente.
Deste modo, a cabeça coroada de Filipe, o belo, monarca sempre carente de recursos, deu em pensar qual a utilidade verdadeira do tesouro dos Templários? Se não se prestava mais para financiar as expedições dos cristãos em território muçulmano para que mais serviria? Além disso, aquela constelação de castelos, fortalezas e conventos nas mãos dos guerreiros de Cristo, formava um império fora das vistas do soberano: a Ordem dos Templários posava como se fora um estado dentro do estado.
CAI O BISPO, CAI A TORRE
Despido de qualquer constrangimento moral, algo que Maquiavel, se então já fosse vivo, provavelmente aplaudiria, Filipe, o belo, agiu como um hábil jogador de xadrez. Para conquistar a "torre" do Templo, aplicou a tática da ação indireta: primeiro derrubou o "bispo" que a sustentava à distância, isto é, o próprio papa. Sempre recorrendo ao prestativo Guilherme de Nogaret, Filipe IV, aproveitando-se da confusão que abalava Roma, acusou Bonifácio VIII de herético e simplesmente arrancou-lhe o báculo, banindo-o da cidade. Em seguida, em junho de 1305, tramou a indicação de um súdito seu, Bertrand de Goth, o arcebispo de Bordeaux, para ser entronado como Celestino V.
Ora, se a imunidade dos cavaleiros da cruz vermelha derivava da especial proteção do Papado, colocando a mitra sobre um pontífice dócil aos seus desígnios, o monarca francês, depois de ter-lhes invadido e ocupado os conventos, não demorou em obter o consentimento para a supressão definitiva deles por meio de um consistório privado ocorrido em Viena na data de 22 de novembro de 1312.
Medida essa que ficou circunscrita ao Reino da França, visto que o Templo continuou atuando na Inglaterra, na Espanha e em Portugal. Filipe, o belo, sempre sinuoso, recorreu ainda a um outro estratagema.
Para não açambarcar descaradamente os bens dos quem flagelara, autorizou que parte do patrimônio deles fosse transferida para a Ordem de São João, mais é evidente que lhe coube o montante do leão. Se algum consolo restou aos templários que sobreviveram à hecatombe, num processo que se arrastou ainda por 13 anos, foi estarem vivos para assistirem como foi precisa a maldição lançada por De Monay aos seus algozes. Não transcorreu um ano da execução do grande-mestre para seus inimigos também morrerem: Filipe, o belo, Nogaret e Celestino V, todos os três entregaram a alma a Deus antes daquele desgraçado ano de 1314 findar.
Todavia, outros estabelecimentos da Ordem, em Portugal, em Castela e Aragão, onde se estendia a grande fronte da guerra da Cristandade contra o Islã, continuaram engajados nos séculos seguintes na faina de lutar contra os mouros.
FRANCO-MAÇONS E JESUÍTAS
O fim dos Templários na França e o mistério que pairava sobre a Ordem têm provocado desde então muitas fantasias, produzindo uma prodigiosa bibliografia que nunca mais parou de crescer. Apaixonados pelo ocultismo, admiradores das seitas secretas, simpatizantes das teorias conspirativas, caçadores de tesouros perdidos ou simples curiosos, associaram-se ao longo desses séculos todos para imaginarem ou darem foros de verdade as mais diversas e incríveis histórias sobre eles. Todavia, dois fatos concretos a Ordem dos Templários terminou por inspirar, uma de viés secular e a outra religiosa: a Franco-Maçonaria e a Companhia de Jesus.
As primeiras lojas maçônicas supõe-se que aparecidas entre 1212 e 1272, herdaram-lhes o gosto pelo protocolo secreto e pela imposição do sigilo aos seus iniciados, enquanto que Inácio de Loyola, que fundou a ordem dos jesuítas, em 1534, neles se inspirou para dar corpo a um empreendimento religioso que, além do estudo e da devoção, obedecesse às regras da disciplina militar, agindo como os soldados de Cristo na luta contra a heresia e o paganismo. Deste modo, os famosos Exercícios Espirituais fixados por ele seriam uma revivência mais espiritualizada da Régle du Temple (o manual religioso-militar adotado pelos monges templários por orientação de Bernardo de Clarival).
Quanto ao destino da monarquia francesa torna-se pertinente observar que se em 1307 os cavaleiros da Ordem viram-se atacados no Templo de Paris pelos emissários armados do rei, este mesmo prédio, quase cinco séculos depois, serviu como prisão do rei Luís XVI e da sua família durante a Revolução Francesa de 1789: o Le Temple.
Dali, retirados das celas da Tour Carrée, depois de condenados, os soberanos destituídos foi conduzido à execução pela guilhotina no ano de 1793, um em janeiro e o outro em outubro. Como o número de franco-maçons, que se entendiam como sucessores dos templários, era expressivo nos meios insurgentes e revolucionários, pode-se perceber o ocorrido como um histórico acerto de contas, ainda que por estranhas vias, da desaparecida Ordem dos Templários com a Monarquia francesa. Robespierre, o incorruptível grande-mestre da revolução, vingou De Molay.

BIBLIOGRAFIA:
www.pedroneves.recantodasletras.com.br
pt.wikipedia.org/wiki/Ordem_dos_Templários
http://educaterra.terra.com.br/voltaire/antiga/2005/12/13/000.htm